Os participantes no Festival do Sudoeste, mais de 50 mil, a maioria jovens mas também muitos veteranos, como que formam uma comunidade, não há hotéis, acampam e também há bungalows. De manhã, faz-se praia, depois das 3 da tarde e até alta madrugada, música distribuída por diferentes palcos.
A marcar a atmosfera diferente deste Festival do Sudoeste, os músicos, os artistas, vivem por entre a comunidade de participantes. São acessíveis, conversam e divertem-se com o público.
À cabeça do cartaz do primeiro dia – aliás, no caso deles, primeira noite – uma banda vinda do Brasil e com uma multidão de fãs em Portugal, Pedro Sampaio.
É o maior fenómeno brasileiro em Portugal do momento. O público vê-os a caminho de um mergulho ou de um dos bares, e puxa por eles.
Pedro Sampaio trouxe ao palco do seu primeiro concerto no Sudoeste uma receita funkeira equilibrada entre os seus grandes sucessos e canções alheias servidas em modo DJ set.
Antes de contar o muito esperado concerto Pedro Sampaio, uma novidade também vinda do Brasil, este ano no Sudoeste.
Cinco rapazes de Curitiba, conheceram-se num boteco, o bar Dionísio na cidade lá no sul do Brasil, tomaram o nome do boteco, apresentam-se como Jovem Dionísio, a banda
provou que tem muito mais para oferecer do que a canção-fenómeno ‘Acorda Pedrinho’.
Então e quem é o Pedrinho – respondem eles, Jovem Dionísio, com o vocalista Bernardo Pasquali à cabeça!
A ascensão meteórica dos brasileiros Jovem Dionísio, a reboque do sucesso viral ‘Acorda Pedrinho’, canção que editaram no início do ano, já lhes está a valer 50 milhões de escutas no Spotify, 20 milhões no YouTube, trouxeram ao Sudoeste o álbum de estreia, igualmente intitulado “Acorda, Pedrinho”, editado há poucos meses, mas apresentaram, também, canções gravadas com artistas como Anavitória ou Gilsons.
Entrando em palco um a um, depois de surgirem no ecrã gigante com as cabeças aumentadas e envergando os uniformes que ostentam na capa do disco, os cinco elementos mostraram cedo que chegaram para fazer êxito.
Portugal escuta e ama há muito a música do Brasil.
É uma história que ficou ampliada vai para – imagine-se - 50 anos, com a revolução portuguesa.
Chegaram as telenovelas brasileiras, com a Gabnriela como pioneira, e mudaram os costumes em Portugal .- libertaram o Portugal acomodado, obediente e cinzentão do interior que saía da submissão a meio século de ditadura.
Ao mesmo tempo cresciam na rádio os programas de música brasileira. Elis Regina, Tom Jobim e Vinicius.
Depois Roberto Carlos. A seguir êxito estrondoso de Chico Buarque com
A Banda a passar, com a Construção, com o Fado Tropical, tudo. A seguir Caetano e a irmã Bethania, Gilberto Gil, Djavan, Bethania, Ivan Lins veio viver para Portugal tal como Adriana Calcanhoto, encheram-se arenas para vibrar com Daniela Mercury, loucura também por Arnaldo Antunes, Zeca Baleiro. Agora, há 19 semanas, campeão de escutas em Portugal é ele, Pedro Sampaio.
A incrível história de sucesso do carioca Pedro Sampaio começou há aproximadamente dois anos, mas Portugal abraçou-o nos últimos meses e foi loucura no Festival do Sudoeste.
Temperando tudo com o seu ritmo funkeiro, o artista Pedro Sampaio arrancou o espetáculo por trás da mesa de mistura, animando a multidão enquanto lhe pedia para repetir o seu nome.
“Chama Meu Nome”, claro, é o título do seu disco de estreia, editado no ano passado, do qual apresentou canções como ‘Atenção’, dueto com a compatriota Luísa Sonza, ou ‘Bagunça’ (com direito a uma batalha de dança em palco entre um abacaxi e um cogumelo), recuando também mais atrás a momentos como ‘Vai Menina’ ou ‘Sentadão’, canções cujas letras têm em comum uma fixação grande com uma zona do corpo feminino muito específica. Foi exito estrondoso neste sudoeste
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