O brasileiro Silviano Santiago, "intelectual completo", distinguido com o Prémio Camões

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O brasileiro Silviano Santiago, em foto de 2014.

Natural de Formiga (MG), o professor, ensaísta, romancista, poeta e tradutor tem mais de 30 obras publicadas e leva o prémio máximo da literatura em Língua Portuguesa de 2022.


O  professor, ensaísta, romancista, poeta e tradutor brasileiro Silviano Santiago foi distinguido com o mais celebrado prémio literário de língua portuguesa por, considera o júri, ser “um pensador capaz de uma intervenção cívica e cultural de grande relevância, com um contributo notável para a projeção da língua portuguesa como língua do pensamento crítico, no Brasil e fora dele (nos países ibero-americanos, africanos, nos Estados Unidos e na Europa)”.

Nascido em Formiga, no estado de Minas Gerais, em 1936, Silviano Santiago é formado em letras neolatinas. Doutorou-se em letras francesas na Sorbonne, com uma tese sobre André Gidé. Recebeu no seu percurso outros galardões importantes, como o Oceanos, em 2015, e o Jabuti, dois anos depois.Tem mais de 30 obras publicadas entre elas Uma Literatura nos Trópicos, Em Liberdade, Mil Rosas Roubadas, Ariano Suassuna, De Cócoras e Machado.

O Prémio Camões de literatura em língua portuguesa foi instituído por Portugal e pelo Brasil, com o objetivo de distinguir um autor "cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento do património literário e cultural da língua comum".

Foi criado em 1989 e Miguel Torga foi o primeiro distinguido, seguindo-se-lhe uma elite de escritores dos três continentes onde se fala o português, como os moçambicanos Paulina Chiziane, Mia Couto e José Craveirinha, os portugueses Vítor Aguiar e Silva, José Saramago, Sophia de Mello Breyner, Manuel António Pina e Eugénio de Andrade, os angolanos Pepetela e José Luandino Vieira, o cabo-verdiano Arménio Vieira, e os brasileiros Jorge Amado, Lygia Fagundes Telles, Chico Buarque, Ferreira Gullar, Raduan Nassar e Dalton Trevisan, entre muitos outros nomes.

O Brasil lidera a lista de vencedores, tendo arrebatado o Camões em 14 ocasiões, seguindo-se Portugal, com 13 laureados, Moçambique, com três, Cabo Verde, com dois, mais um autor angolano e outro luso-angolano.

A história do galardão conta apenas com uma recusa, exatamente a do luso-angolano Luandino Vieira, em 2006.

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