Pole Dance na Austrália
- Brasileira Rafa Santos começou praticando pole dance em casa e hoje é uma empresária de sucesso
- O Pole Dance evoluiu de influências orientais e ocidentais.
- Na cultura ocidental veio da dança exótica em boates, que é o que muitas pessoas associam, isso no começo limitou sua aceitação como uma forma legítima de exercício físico.
De maneira geral, o Pole Dance pode ser classificado como uma mistura de movimentos acrobáticos e movimentos de dança utilizando um mastro (barra ou poste) vertical de metal polido. A atividade também é considerada uma dança acrobática muito sensual.
Rafaela Santos conta que teve seu primeiro contato com o Pole Dance aos 13 anos de idade, num tempo em que a atividade não era tão popular. Mas uma lesão no joelho interrompeu o sonho de Rafa que só foi retomado em 2017 aqui na Austrália.
"Comprei a barra e como estudante fui mudando de casa em casa e sempre levando o pole junto. Continuei praticando, comecei a postar no instagram, o interesse foi aumentado e comecei a dar aula em casa. Minha primeira barra foi colocada no balcão do apartamento," recorda.

Grupo de estudantes de Rafa Santos: atividade é popular para quem busca alternativas para ficar em forma.
Segundo ela, a metodologia do 'pole' australiano é diferente da do brasileiro. "O australiano puxa mais para a dança sensual e muitas brasileiras optam por adotar a prática como atividade esportiva e para se manterem em forma.
"A Austrália popularizou o pole dance, tirou aquele estigma de dança de boate, mas a prática aqui ainda está muito voltada para a 'performance', tem uma competição famosa aqui Miss Pole Dance, cheia de glamour, onde as mulheres competem de salto alto, muito brilho, tudo muito artístico," conta.
Rafa diz que nas suas aulas ela oferece as duas coisas, a dança, o lado sensual, mas a maior parte da aula é realmente dedicada ao aprimoramento físico e acrobático das alunas.

Fazendo história: as brasileiras Laryssa Teles e Tallyta Torres competem na competição de duplas 'Pole Dance América do Sul', em Buenos Aires em 2014.
Duas décadas atrás, o pole dance era visto como entretenimento para adultos e até criticado como antifeminista. Hoje, é um fenômeno global de aprimoramento físico.
O primeiro estúdio de pole da Austrália foi aberto em 2004.
Originalmente visto como subversivo, cresceu de forma constante ao longo dos anos, conforme a obsessão por fitness do país.
Hoje são mais de 100 estúdios de pole, além de competições nacionais e eventos teatrais.
Mas a dança ou esporte, pelo menos na Austrália, ganhou um importante aliado, o funk brasileiro.
Segundo Rafaela, o funk invadiu os estúdios australianos e a batida "está por todo lado, olho as salas lotadas e o professor australiano ensinando e o som ali de fundo é um funk, eu acredito que ele nem sabe o que tá falando, mas a batida é muito envolvente."
Confira o bate-papo completo com Rafaela Santos no áudio que acompanha essa reportagem.

Prática tem sido adotada por pessoas de todas as nacionalidades, tipos físicos e idades.
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