As pessoas geralmente esperam por uma ocasião especial para abrir uma garrafa de champanhe, mas de acordo com a consultora de champagne Bernadette O'shea, nós não devemos esperar - abrir uma garrafa de champanhe já cria uma ocasião.
Figura de liderança na indústria do champanhe, ela foi reconhecida com um título de nobreza francês de mérito agrícola.
Bernadette diz que a champanhe é única por influenciar todos ao seu redor.
A história da champanhe começou há milhões de anos, quando a região de Champagne, no nordeste da França, era um mar interior cheio de criaturas e conchas do mar.
30 milhões de anos atrás, um terremoto empurrou o fundo do mar, criando uma nova massa de terra contendo uma grande quantidade de depósitos de calcário.
A videira de champanhe cresce no solo de calcário, é engarrafada e armazenada no subsolo em vastas adegas durante o processo de fermentação.
Bernadette O’shea diz que é como voltar ao útero materno.
O solo de calcário retém água e calor; permitindo que as vinhas cresçam no clima frio e previnindo períodos de seca.
Além disso, o calcário dá aos nutrientes de videiras e ajuda a desenvolver o sabor único.
No entanto, não existe champanhe sem o brilho.
Então, quem colocou as bolhas na garrafa?
O lendário inventor da champanhe foi o monge beneditino Dom Pierre Perignon, que viveu durante o século XVII.
O crítico de vinhos, autor e apresentador de televisão, Jeremy Oliver, diz que Dom criou as bolhas na tentiva de refinar a bebida para parecer mais elegante.
Hoje, a champanhe ainda é produzida usando o método tradicional iniciado por Dom Perignon.
Este processo inclui adicionar fermento e um pouco de açúcar ao suco de uva e depois fermentá-lo por um longo período de tempo.
A fermentação pode levar até 12 anos e é muito cara.
Bernadette O’shea diz que os fabricantes de champanhe na região francesa de Champagne decidiram proteger o nome da marca.
Entre as casas de champanhe mais populares estão Moët & Chandon, Krug e Boërl & Kroff.
A champagne é conhecida por sua qualidade e muitas vezes vem com um preço caro.
Então, quão caro é a champanhe?
Uma garrafa de Heidieck & Co de 1907 recuperada de um naufrágio no fundo do Mar Báltico foi vendida por 275 mil dólares.
Claro, você não precisa gastar milhares.
Jeremy Oliver incentiva as pessoas a serem aventureiras e experimentar diferentes marcas.
Ele também compartilha o segredo sobre como identificar uma boa champanhe; quanto menor as bolhas, melhor a qualidade.
Os australianos apreciam o vinho espumante.
O relatório de mercado de 2015 da Wine Intelligence aponta que metade da população adulta; cerca de 8 milhões de pessoas bebem regularmente.
Enquanto o consumo de vinho espumante e vinho está diminuindo, a champanhe francês, o espumante da Nova Zelândia e a venda de prosecco italiano estão aumentando.
Embora a champanhe ainda seja vista como a mais prestigiada entre os espumantes, há alguns sinais de que ela possa estar perdendo sua posição premium.
O premiado enólogo australiano Andrew Pirie é dono da Apogee Wines, que produz espumantes no clima frio da Tasmânia.
Ele escreve para um artigo recente no The Wall Street Journal.
Andrew Pirie diz que os espumantes australianos são criados pelo mesmo processo que a champanhe.
Ele diz que os vinicultores australianos desfrutam de um clima semelhante ao da região de La Champagne.
Andrew Pirie diz que o espumante australiano é bom o suficiente para competir com a champanhe.
O próximo passo é encontrar uma marca reconhecível para o vinho espumante da Tasmânia.
Seja espumante da Tasmânia ou champanhe francês, celebrar com um copo é uma tradição que dura há séculos.
