A Primeira Liga do futebol português foi quase sempre, ao longo da última década, o campeonato do mundo com saldo entre compras e vendas mais positivo, mas neste defeso de 2025 não foi assim. Com os apenas, em números redondos, 18 milhões de euros positivos a darem a Portugal apenas o 25º melhor balanço do planeta.
Porto e Benfica bateram recordes de investimento, cada um acima dos 100 milhões de euros na renovação do plantel. O Sporting bicampeão de Portugal foi mais que medido. Não chegou aos 50 milhões para a compra de dois avançados, dois pontas de lança, o colombiano Luís Suárez e o grego e o Anidis. O Futebol Clube do Porto renovou mais de meia equipa.
Está a mostrar que apostou bem em dois centrais polacos, um ponta-de-lança neerlandês (Luuk de Jong), mais reforços de Espanha, da Argentina e do Brasil. O Benfica apostou forte nos Balcãs, onde foi buscar o defesa direito Dedich e o número 10, Sudakov.
Ao todo, os clubes do campeonato português investiram neste defeso, neste julho e agosto, 360 milhões de euros na contratação de jogadores estranhos. Desta vez foi pouco relevante a transferência para o estrangeiro de futebolistas criados nas escolas de formação dos clubes portugueses, como aconteceu no passado com Cristiano Ronaldo, Luís Figo, Paulo Sousa, Bruno Fernandes, João Félix, Ruben Dias, mais recentemente com Vitinha, Nuno Mendes, João Neves, Rafael Leão, tantos mais.
Há agora críticas aos clubes por ao contratarem estrangeiros e taparem oportunidades às revelações de jogador portugueses ou preferirem jogadores já formados no estrangeiro. É a busca de resultados imediatos, a falta de aposta no futuro.
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