Era para ter sido uma tarde típica de sol no verão na praia de Bondi. Muitos banhistas locais e turistas aproveitando a temperatura em torno dos 23 graus do enterdecer enquanto uma celebração do Hanukkah (ou Chanukah), o Festival das Luzes judaico, acontecia no gramado antes da praia.
Foi quando dois atiradores armados com rifles atiraram contra a confraternização e transformaram a tarde de praia no segundo maior atentado da história da Austrália.
Até a conclusão desta matéria nesta segunda-feira, são 15 mortos confirmados, entre os quais uma menina de dez anos, e 42 pessoas internadas com ferimentos de vários níveis.
Os dois acusados de serem os atiradores foram identificados como pai e filho. O pai, Sajid Akram, tinha 50 anos de idade e foi morto no local.
O filho, Naveed Akram, de 24 , está no hospital.
Segundo a ABC, o pai Sajid veio para o país como estudante nos anos 90. Naveed nasceu na Austrália e vinha sendo monitorado pela ASIO, a Agência de Inteligência Australiana, desde 2019 por apresentar indícios de intenção de cometer crimes graves.
Ainda há muitas perguntas sem respostas e as polícias de Nova Gales do Sul e federais investigam o atentado com força máxima.
A SBS em Português terá mais informações a qualquer momento.
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A região de Bondi é uma das preferidas da comunidade brasileira na Austrália. Ouvir português é comum na região chamada de "Bondi de Janeiro". E vários brasileiros testemunharam o horror do atentado a tiros em um país que não está acostumado a isso.
A SBS em Português ouviu duas brasileiras que estavam no local próximas da festa judaica.

Julia Nagy, que passeava por Bondi no fim da tarde de domingo: "De repente ouvi muitos tiros, a praia muito cheia. Corri para oonde o muro do estacionamento começa a ficar mais alto".
Julia descansava quando os tiros começaram, e conta ter consolado um homem em estado de choque que lhe indicou ter um familiar atingido por tiros.

"Eu estava parada na frente do carro. Quando ouvi os tiros, olhei pro meu filho na cadeirinha do carro e os atiradores na ponte ao fundo".
Estava no estacionamento da praia quando, depois de colocar o filho na cadeirinha no carro, ouviu tiros e viu os atiradores, um deles acima da ponte de pedestres.
Elas contam aqui o que testemunharam.
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