Gelda Waterboer, professora da primeira série em uma escola na Namíbia, África, compôs uma canção chamada ‘partes íntimas’ em que mostra às crianças onde outras pessoas não devem tocá-las.
Professora da Escola Primária Rogate, Gelda se tornou uma sensação da noite para o dia depois de postar um vídeo só dela liderando os alunos em uma cantoria — acumulando impressionantes 117 milhões de visualizações e 13,5 milhões de curtidas em pouco mais de uma semana só no TikTok.
No vídeo Gelda aparece gesticulando de maneira severa e séria, tocando o próprio o peito, a virilha e as nádegas.
"Estas são minhas partes íntimas, partes íntimas, partes íntimas, estas são minhas partes íntimas, ninguém deve tocá-las, ninguém deve vê-las," diz a letra.
“E se você tocar nas minhas partes íntimas, partes íntimas, eu conto para minha mãe, conto para meu pai, conto para minha professora”, continuou ela, enquanto seus alunos que não aparecem na sala de aula, cantavam junto.
Gelda Waterboer, que regularmente posta vídeos do TikTok de sua sala de aula, e conta com mais de 422 mil seguidores e 16 milhões de curtidas, foi elogiada por seu método de ensino que impõe limites e fala sobre consentimento.
Da seguidora @meunice - "Por que ela está gritando? Por que ela está brava? Por que ela está agressiva? Porque é um problema sério. E as crianças precisam entender que não é só uma música divertida. Parabéns, Senhora!"
“Sim. Mais alto! Ensinar as crianças a não serem tímidas sobre isso é muito importante”, comentou outro pessoa no vídeo.
“Este é realmente o nível de seriedade necessário para isso”, acrescentou outra.
A professora rebateu os poucos críticos, no entanto, que argumentaram que os alunos da primeira série eram muito jovens para aprender sobre predadores.
Ensinar nossos filhos a dizer ‘não’ não é apenas uma questão de boas maneiras – é uma questão de proteçãoGelda Waterboer
“Toda criança deve saber que seu corpo pertence a ela e que ninguém tem o direito de tocá-la de uma forma que pareça errada ou desconfortável.
“É nossa responsabilidade como adultos, pais e educadores criar um espaço seguro onde as crianças se sintam confiantes para se expressar”, acrescentou.
Em outro video subsequente, a professora africana, ecoa o tópico que explodiu recentemente na internet brasileira, com o influenciador Felca, alertando para o tema de adultização de menores nas plataformas sociais.
"Agora que demos voz às nossas crianças, vamos ter cuidado com a maneira como vestimos elas, como apresetnamos elas online, vamos ter cuidado com as coisas que colocamos nelas pois estamos literalmente alimentando esses homens.
"Sei que vai ter gente dizendo esse é meu corpo, minha escolha, mas esses homens podem apenas visualizar o video da sua crianças, salvar para assistir mais tarde, mas eles também podem agir e alcançar crianças vulneráveis," disse.
A adultização precoce ocorre quando crianças e adolescentes passam a vivenciar experiências, assumir responsabilidades ou adotar comportamentos e padrões estéticos próprios da vida adulta antes do tempo adequado.
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