Começou no passado dia 6, vai até 16 deste outubro em várias salas de cinema de Lisboa, estão programados 260 filmes e há dois temas dominantes: a Questão Colonial e o Cinema Marginal do Brasil, este através da visão de Carlos Reichenbach.
Reichenbach é o criador do Cinema de Invenção ou Udigrudi, o movimento artístico nasceu nos anos 60, em plena ditadura militar brasileira, em resposta à instabilidade no país.
Este cineasta viveu num tempo em que era proibido ousar, experimentar e criar em liberdade.
Desafiou a censura da ditadura militar [1964 e 1985], e fez cinema que é documento.
O cinema de Reichenbach, no qual o lado lúdico da vida está muito associado a uma existência profundamente política e engajada nas questões socioeconómicas, retrata a sociedade brasileira entre os anos 1970 e 2000 e é um mote para ser discutido a partir deste Doc Lisboa, o Brasil atual em campanha eleitoral.
A “Questão Colonial” há muito está presente e de várias formas no Doclisboa, está nesta edição através do cinema contemporâneo, dos registos históricos e trazendo novas formas de ‘colonialidade’.
Também muito cinema documental de diferentes lugares do mundo.
O slogan do Doclisboa é “Em outubro, o mundo todo cabe em Lisboa”. E é mesmo assim neste festival.
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