Na procura pelo brasileiro Jhoni Fernandes da Silva, a polícia de NSW divulgou novas imagens ligadas à operação que resultou na morte de outro brasileiro, Bruno Borges Martins, na cidade de Newcastle, em 2022.
Borges morreu afogado ao tentar recuperar cocaína escondida do casco do navio argentino Areti que aportou em Newcastle.
A polícia acredita que a operação de carregamento da droga para a Austrália deu errado após Bruno Martins não conseguir retirar toda a cocaína do casco do navio [parte da droga foi retirada e entrou no mercado australiano].

Seu corpo foi descoberto nas águas do Porto de Newcastle rodeado de pacotes da droga, embrulhada em plástico.
Bruno, de acordo com a polícia australiana, foi abandonado quando teve problemas com o equipamento de mergulho e deixado para trás por outros membros da quadrilha, que estão foragidos. A polícia recuperou 54 quilos de cocaína, avaliada em AU$20 milhões.
A polícia de NSW divulgou novas imagens ligadas a investigação no mês em que a operação completa exatos dois anos.
O caminhão com a placa NSW DA81PP, foi visto pela última vez viajando em direção ao sul na M4 em Pennant Hills, Sydney, por volta das 18h30 do dia 8 de maio de 2022, um dia antes da descoberta do corpo de Bruno Borges.

O caminhão com a placa NSW DA81PP, foi visto pela última vez viajando em direção ao sul do estado na M4 em Pennant Hills, Sydney,

A polícia também divulgou imagens de uma Toyota Van Townace com a placa NSW WNY439, que foi vista ao lado do caminhão, sugerindo uma operação sofisticada de fuga dos envolvidos na investigação.
Em 9 de maio de 2002, por volta das 9h30 da manhã, o mergulhador Bruno Borges Martins, então com 31 anos, foi encontrado boiando no mar, no Porto de Newcastle – à sua volta, pacotes com 54 kg de cocaína boiando na água.
Moradores e depois paramédicos tentaram ressuscitá-lo mas ele morreu no local.
Até o momento, dois homens foram acusados e esperam julgamento.
Mas a polícia continua à procura do segundo mergulhador, o brasileiro foragido Jhoni Fernandes Da Silva, de 32 anos.
Um apelo para Jhoni Da Silva se entregar foi feito aqui na SBS em Português pelo investigafor-chefe na época, o detetive da Divisão do Crime Organizado de Sydney, Andrea Panozzo.
Dois anos depois desse apelo a polícia volta a pedir ajuda e divulgou fotos de dois veículos que acredita estarem conectados com os atores do crime.
Ecoando o que seu colega falou há dois anos, o Comandante do Esquadrão de Crime Organizado de NSW, Detetive Superintendente Peter Faux, disse que a busca por Jhoni Fernandes será importante para a família dele.
“No final das contas, trata-se de dar uma resposta à família que se pergunta para onde foi seu ente querido. Acreditamos que existam pessoas por aí que tenham informações que possam auxiliar na investigação. Peço a todos que tenham informações que falem conosco para que os familiares de Jhoni da Silva não tenham de passar mais um ano a se perguntarem o que aconteceu com ele.”
As investigações continuam.
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