Avaliação repetida pelos peritos: "É preciso dominar o COVID no tempo mais favorável do verão, para evitar que o inverno venha a ser pesadelo”.
Ou seja: há que se aproveitar o tempo quente do verão, manifestamente menos propício para que o vírus prospere, e aí, fazer tudo o possível para o exterminar. Se assim não for, o risco é o de no outono ter o contágio a disparar.
É o que está a acontecer em Portugal: o país somou neste sábado mais 2.153 novos casos de infeção com o novo coronavirus e mais 13 mortos, tudo em apenas 24 horas.
É o quarto dia consecutivo que Portugal tem mais de dois mil novos casos, após os 2.608 registados na sexta-feira.
O número de internados por COVID-19 nas enfermarias dos hospitais portugueses é agora de 1.014. O máximo que Portugal já teve foi a 16 de abril, quando estavam internadas 1.302 pessoas.
Nas Unidades de Cuidados Intensivos há 148 doentes graves, o número mais alto desde 2 de maio, quando eram 150 pacientes. O máximo, porém, data também de abril — no dia 7, havia 271 pessoas internadas nestas unidades de máximo cuidado clínico.
Em vigilância, há 52.543 pessoas que foram contactos de pessoas infectadas.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.162 mortes e 98.055 casos de infeção, estando ativos 37.974 casos conhecidos.
O governo português decretou nesta semana o estado de calamidade e o Presidente da República inicia nesta segunda-feira contactos para avaliar se é necessário declarar estado de emergência com recolher obrigatório – opção muito provável, designadamente para evitar que milhares de jovens continuem a violar a proibição de ajuntamentos de mais de 5 pessoas.
É entre a população mais jovem que está a disparar o número de contágios em Portugal, tornando-se assim principal fonte de propagação do vírus. Muitos jovens estão assintomáticos, o que favorece a maléfica sensação de não ameaça do vírus. Mas também já há muitos jovens hospitalizados em Portugal por causa da COVID-19.
A Europa ultrapassou a inquietante fasquia de 150.000 casos diários de coronavírus nesta última sexta-feira. Há uma semana, o máximo tinha sido fixado em 100 mil casos diários de contágio. Em sete dias, esse indesejado recorde cresceu 50%, de 100 mil para 150 mil.
O Reino Unido, França, Rússia, Holanda, Alemanha e Espanha foram responsáveis por cerca de metade dos novos casos da Europa esta semana.
O Reino Unido está a relatar uma média de sete dias com mais de 16 mil novos casos por dia, e introduziu restrições mais rigorosas em algumas áreas.
Em França, o presidente Emmanuel Macron ordenou que um terço da população francesa, designadamente a das principais cidades como Paris, Lille, Lyon e Marselha, fosse colocada sob recolher obrigatório noturno, entre as 21 horas e as 6 da manhã.
Espanha está com média diária de 10 mil contágios e 120 mortes por cada 24 horas.
Em Itália, também média de 10 mil contágios por dia e cerca de 50 mortes a cada 24 horas, média da semana finda.
A Alemanha comunicou novos recordes diários três vezes esta semana. Foram mais de 8 mil neste sábado. A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu aos cidadãos para reduzirem ao estrictamente indispensável o número de contactos sociais e viagens.
Os cinco países mais massacrados pela pandemia na Europa são o Reino Unido (43.429 mortes desde fevereiro), Itália (36.427), Espanha (33.775), França (33.134) e Rússia (23.723), estes, números oficiais.
Em Portugal, no total, desde Março, 2162 pessoas já morreram e 95.902 ficaram infetadas. O grande sobressalto é o crescendo exponencial nas últimas semanas.
As pessoas na Austrália devem ficar pelo menos a um metro e meio de distância dos outros. Confira as restrições em seu estado aqui.
Residentes na área metropolitana de Melbourne estão sujeitos às restrições do Estágio 4 e devem cumprir o toque de recolher entre 8h da noite até 5h da manhã. A lista completa de restrições está aqui.
Se você tem sintomas de resfriado ou de gripe, fique em casa e organize um teste ligando para o seu médico ou para a Linha Direta Nacional do Coronavírus no número 1800 020 080.
A SBS traz as últimas informações sobre o COVID-19 para as diversas comunidades na Austrália.
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