Já houve consultas por videochamada entre os chefes da diplomacia de todos os países da comunidade lusófona, todos menos a Guiné-Bissau e revelou-se maioritário o consenso que defende que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deve acionar imediatamente os mecanismos determinados pelos seus estatutos face à violação da ordem constitucional na Guiné-Bissau, país que detém a presidência rotativa da organização no período de 2025-2027.
É reconhecido que os estatutos da organização lusófona são claros, nomeadamente o artigo sétimo que delibera sobre medidas sancionatórias.
Os ministros dos estrangeiros dos países da CPLP preparam a convocatória de uma cimeira para tomar resoluções.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, declara lamentar que o golpe de Estado "tenha provocado a destruição de um processo eleitoral e a destruição física dos elementos que permitiriam ainda apurar o resultado".
Rangel acrescentou que “a missão de observação da CPLP tinha considerado que o processo eleitoral tinha corrido francamente bem e que estava em condições de ser anunciado o resultado", sustentou o ministro português, insistindo na condenação do golpe de Estado e apelando à libertação e respeito dos direitos de todos os cidadãos, incluindo os que se opõem ao executivo formado depois de ser tomado o poder pela força.
Entretanto, a União Africana jádecidiu suspender "de forma imediata" a Guiné-Bissau devido ao golpe militar que derrubou o Presidente cessante, Umaro Sissoco Embaló, suspensão que vigora até que a ordem constitucional seja restabelecida.
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