Na sala de imprensa, o técnico Cuca, de 59 anos, se declarou inocente de uma acusação que terminou em sentença de 15 meses de prisão na Suíça. No lado de fora do Centro de Treinamento do Corinthians, cinco das seis torcidas organizadas do time paulista e mais coletivos de mulheres protestavam contra a contratação do treinador.
Cuca foi anunciado como novo técnico corintiano no final da tarde de quinta-feira. Em 24 horas, seu nome virou trend topic nas redes sociais, com protestos sobre um crime que ele nega ter cometido em 1987, na cidade de Berna.
Naquele ano, ele e três outros jogadores do Grêmio, clube que defendia, foram acusados e julgados culpados pelo estupro de uma adolescente suíça de 13 anos, que subiu para um dos quartos da delegação gremista, que excursionava no país, para pedir uma camisa do time de presente.
Ela saiu deste quarto chorando e acusou dois dos atletas de a terem estuprado e outros dois de terem ajudado. Eduardo, Fernando, Henrique e Cuca foram presos e mantidos assim por 28 dias. Voltaram para o Brasil. A Justiça da Suíça condenou os brasileiros. Cuca ficou com a pena menor, 15 meses, condenado por atentado ao pudor com uso de violência.
Ele nega até hoje. Nenhum dos atletas cumpriu a pena porque já estavam no Brasil e não poderiam ser extraditados. A pena prescreveu com o tempo, mas os torcedores do Corinthians trouxeram o caso à tona.
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