O presidente da Fifa, Gianni Infantino, declarou que se sente "árabe, gay e trabalhador migrante", em uma entrevista coletiva na véspera da abertura da Copa do Mundo do Catar.
Ele criticou o que chamou de "hipocrisia" e "lições de moral" dos países ocidentais.
"Hoje me sinto catari, árabe, africano, gay, hoje me sinto um trabalhador migrante", afirmou o suíço-italiano no início da entrevista, que durou uma hora, na qual também atacou as críticas recebidas nas últimas semanas.
O Catar enfrenta uma série de críticas desde 2010, quando foi escolhido pela Fifa para sediar o maior torneio de futebol do mundo.
Trabalhadores imigrantes que construíram os estádios muitas vezes trabalharam longas horas em condições difíceis e foram submetidos a discriminação, roubo de salário e outros abusos enquanto seus empregadores evitavam qualquer responsabilidade, denunciou o grupo de direitos humanos Equidem, com sede em Londres.
Na coletiva, Infantino defendeu a política de imigração do país e elogiou o governo por trazer migrantes para o trabalho legalizado. Ele repreendeu os europeus por criticarem o histórico de direitos humanos do Catar.
Infantino também defendeu a decisão de última hora do país anfitrião de banir a cerveja dos estádios da Copa do Mundo.
A declaração do presidente da Fifa revolta nas redes socias e em jornais de todo o mundo.
Muitos jornalistas e fãs de futebol usaram suas redes sociais para ironizar e condenar a fala do presidente da FIFA.
Mais destaques
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- O presidente da COP27 no Egito, Sameh Shoukry encerrou o evento pedindo às nações para agirem com convicção e à altura dos problemas que se apresentam pela frente.
- A principal questão pendente da COP27 foi a criação de um fundo financeiro para ajudar as nações mais pobres afetadas pela mudança climática.
- Um membro do gabinete ucraniano especulou que a guerra pode terminar na primavera do ano que vem. Isso se refere à primavera do hemisfério norte, que começa em março, outono aqui na Austrália.
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