Primeira leva de brasileiros no visto Work & Holiday chega à Austrália; e ainda há vagas

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Sonho de vir para a Austrália: Fabiana Couto, Pamela Groff e Igor Pires chegaram ao país com o novo visto Trabalho e Férias Brasil/Austrália.

Fabiana Couto, Igor Pires e Pamela Groff aplicaram para o novo visto Work and Holiday, que permite trabalho em período integral, horas depois da abertura das primeiras 500 vagas, no dia 1 de julho de 2022. "Pretendo buscar a residência permanente," planeja Igor.


Visto 'do mochileiro'
  • O Brasil se tornou o 47º país assinar o acordo para o programa de vistos Work & Holiday da Austrália.
  • O acordo permite que até 500 jovens brasileiros, de 18 e 30 anos, permaneçam no país por até 3 anos.
  • Somente para 2022-23, houve um aumento de 30% no limite do número de vagas disponíveis para todos os países com os quais a Austrália tem acordo W&H, incluindo o Brasil, o que talvez explique ainda haver vagas para esse tipo de visto.
Eles são alguns dos primeiros brasileiros a chegarem na Austrália com o visto Work and Holiday, que permite ao portador trabalhar em período integral e que muitos usam para viajar e explorar ao máximo o país.
Pamela Groff Work and Holiday
Pamela Groff trabalhou como 'Au Pair' nos Estados Unidos e agora chega a Cairns com planos de trabalhar em hospitalidade e depois mudar para Gold Coast
Fabiana Couto, Pamela Groff e Igor Pires têm muito em comum: já tiveram experiência em viver no estrangeiro, se organizaram para fazerem a aplicação para o visto W&H no dia que o programa foi lançado e as vagas foram abertas, montaram grupos de whatsapp para apoiar uns aos outros e conseguiram reunir documentos e exames médicos rapidamente.

Pamela e Igor fizeram todo o processo sozinhos, "é fácil e rápido", mas Fabiana sugere a contratação de um agente de imigração para discutir qual o melhor tipo de visto para cada situação.

Nessa entrevista eles dão detalhes sobre o processo de aplicação, as viagens programadas, trabalho e planos de transformar o visto W&H em residência permanente.
The change to the backpacker visa will see more growers and labour hire companies choose backpackers over Pacific workers, according to experts.
Muitos jovens brasileiros estavam a espera do visto conhecido como 'visto do moichileiro', já que o visto de estudante é mais caro e tem um limite de horas de trabalho. Source: AAP
'Já tinha experiência como Au Pair e resolvi aplicar'

Formada em Publicidade e Propaganda, Pamela Groff é de Mercedes, interior do Paraná, uma cidade com com pouco mais de 5,040 habitantes.

Pamela já tinha experiência de viver no exterior. Ela fez parte de um programa de Au Pairs nos Estados Unidos, esquema no qual o intercambista vai morar na casa de uma família-anfitriã.

Lá o estudante recebe alojamento e alimentação, além de um salário para trabalhar para essa família quase sempre cuidando das crianças.

Agora, três anos depois, aos 29 anos, surgiu a oportunidade para vir para a Austrália pelo programa Work & Holiday, que permite trabalhar e estudar pelo país.

“Fiquei esperando abrir o processo de aplicação. Pensei que as vagas iam sumir minutos depois. Mas fiz tudo com tranquilidade e fiquei sabendo que ainda há vagas para o Work and Holiday,” conta.
Igor Pires Work and Holiday
Igor Pires, trabalho e viveu na Nova Zelândia com o visto W&H e agora chega a Austrália com planos de residência permanente
Ela conta que sempre quis vir a Austrália e escolheu Cairns por entrar na categoria de área regional, exigida pelo visto [detentores desse tipo de visto devem passar quase 3 meses trabalhando em áreas classificadas como regionais], mas por ser também um grande pólo turístico e com boas oportunidades de trabalho na área de hospitalidade.

Pamela Groff, planeja extender seu visto para pelo menos mais dois anos. "Depois vou para Gold Coast," diz, se referindo à famosa cidade do estado Queensland com o segundo maior número de brasileiros da Austrália.
"Ainda não caiu a ficha todo dia converso com pessoas do mundo inteiro, acho esse tipo de visto perfeito para quem quer explorar o país e fazer um dinheiro," conta.

'Como eu queria continuar viajando pensei em vir para a Austrália'

Igor Pires, 28 anos é de Itabirito, uma cidade do interior de Minas Gerais, formado em Direito.

Igor esteve na Nova Zelândia com o Work and Holiday, mas apesar de ter vivido anos lá, não se acostumou com o clima. "Aqui na Austrália é melhor que lá," compara.

Assim como Pamela, Igor está há duas semanas em Cairns, onde pretende trabalhar na área de hospitalidade.

Na Nova Zelândia trabalhou em fazendas, colhendo frutas. "Muito duro, longas horas, não recomendo," conta.
Fabiana Couto
Fabiana criou um grupo no WhatsApp para todos que querem tirar o visto Work and Holiday, "trocar dúvidas e informações sobre o visto ajuda muito," aconselha.
Fabiana Couto, de São Paulo, diz que foi fácil tirar o visto W&H pois já tinha todos os requisitos.

"Na verdade, eu estava me preparando para ir para o Canadá como caregiver (cuidadora de crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais), um dos vistos mais fáceis de conseguir a residência permanente. Os requisitos australianos eram basicamente os mesmos que os canadenses. Fiquei sabendo do WHV no final de abril e, a partir dali, foi só esperar a data da abertura das vagas, marcar o exame médico e aguardar a resposta," diz.
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Até o fechamento dessa edição o Departamento de Home Affairs estava com as vagas para o Brasil em aberto
"Acho que o importante para quem quer esse visto de Trabalho & Férias é estudar inglês! Creio que para nós, brasileiros, esse é um dos fatores que mais podem nos atrapalhar. Fazer um estudo intensivo para conseguir uma boa nota nos exames de proficiência;

"Deixe seu perfil no site do Home Affairs já criado e com todas as informações preenchidas com antecedência. Nesse processo, percebi que eles liberam os vistos por ordem da hora de aplicação, então quanto mais rápido aplicar, possivelmente será mais rápido para aprovação.
Caso deseje imigrar para a Austrália, trace um plano antes de sair do Brasil. Contate um agente de imigração para facilitar sua vida... a Austrália tem diversas possibilidades de visto.
Fabiana Couto
"Tive várias fases: a eufórica, na qual pesquisei tudo o que podia sobre o país e me encantei; a insegura: depois de colher muita informação, achava que estava fazendo besteira e não deveria ir; e, agora, a fase da ansiedade boa: falta 1 semana para a minha ida, me sinto segura com todas as informações que consegui obter e agora é só aguardar o embarque," diz Fabiana.
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Para as entrevistas completas com Fabiana, Pamela e Igor clique no botão play que abre essa reportagem.

Links úteis
Até o fechamento desta edição as vagas para o W&H ainda estavam abertas na página do Departamento de Home Affairs:
ao vivo às quartas e domingos ao meio-dia ou na hora que quiser na nossa página.

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