Quatro portugueses entre os participantes da flotilha para Gaza detida por Israel

"Rape Is Not Filmed, It Is To Be Condemned” Demonstration In Lisbon

Mariana Mortágua, líder do Bloco de Esquerda, é uma das portugueses a bordo de uma das embarcações da flotilha de Gaza detidas pelas forças armadas israelenses. (Photo by Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images) Credit: Horacio Villalobos/Corbis via Getty Images

A deputada Mariana Mortágua, líder do partido Bloco de Esquerda, e a atriz Sofía Aparício estão entre os cidadãos de Portugal detidos pelas forças israelenses. Detenção em águas internacionais configura novo desrespeito do governo Netanyahu às leis internacionais e gera protestos em Lisboa e outras cidades europeias.


Há quatro pessoas de Portugal entre os 400 detidos pelas forças especiais de Israel quando viajavam a bordo dos 44 barcos da flotilha internacional de apoio a Gaza.

Duas delas têm especial notoriedade. Uma é a economista e deputada Mariana Mortágua, líder do partido Bloco de Esquerda, e a outra é Sofía Aparício, atriz com grande cartaz em Portugal.

Todas as 400 pessoas nesta flotilha internacional foram intercetadas pela abordagem militar israelita quando navegavam em águas internacionais em direção a Gaza.

A abordagem aconteceu a 70 milhas da costa, portanto ainda longe das 12 milhas consideradas como domínio marítimo de um país.

Ora, a abordagem da flotilha e detenção de todos os 400 participantes, depois levados para prisões em Israel, ao acontecer em águas internacionais, configura violação das leis internacionais – e isso está a gerar ampla vaga de protestos, sobretudo em cidades europeias.

A abordagem aconteceu na noite de quarta-feira. Na noite de quinta, milhares de pessoas juntaram-se em protesto diante da embaixada de Israel em Lisboa, protegida por forte dispositivo policial.

Está a ser denunciado nas manifestações que se sucedem, o continuado desrespeito da leis internacionais pelo governo de Israel, também neste caso que Netanyahu quis tratar os 44 barcos da flotilha internacional como uma anedota – apesar de com grande efeito de propaganda sobre os contínuos abusos de todo o tipo que são prática do atual governo de Israel.

A frota com esses 44 barcos e 400 ativistas a bordo armados com sacos de açúcar, farinha, biscoitos e arroz branco quer mostrar o absurdo do embargo israelita a Gaza. Goi assaltada às 8 da noite por uma armada de semi-rígidos da marinha israelita apoiada por drones, armas-estrela deste tempo.

Sabemos que a abordagem,que viola as convenções do tempo em que a lei era para respeitar, deu-se em águas internacionais a 70 milha da Faixa de Gaza.

Também sabemos que os 400 ativistas, depois de terem sido obrigados a render-se deitados no chão dos navios em que seguiam, foram levados sob detenção para o porto israelita de Ashdod, onde esperam o processo de deportação.

Enquanto isso, ocorrem as negociações entre Catar, Egito, Turquia e gente das varias facções do Hamas a tentar fixar um calendário de retirada militar israelita, que tornaria possível o acordo em forma de ultimatum para rendição com o prêmio da paz.

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