Três dados principais do voto dos portugueses na eleição da liderança de todos os 308 municipios do país.
Primeiro, a coligação governamental AD, de centro-direita, encabeçada pelo PSD de Luis Montenegro, sai reforçada, recupera a presidência do maior número de municípios, 134 dos 308 e entre eles os 4 mais populosos, Lisboa, Porto, Sintra e Gaia.
Segundo, o PS ressurge como o partido da alternância no poder, ao conquistar 130 presidências. Fica a apenas quatro do PSD, e passa a ter presidências de cidades importantes conquistadas ao PSD, casos de Viseu, Coimbra, Faro ou Bragança. Também Évora ganha à coligação comunista CDU.
Outro sinal de ressurgimento do PS após o desastre nas legislativas de maio é o facto de as candidatura terem estado em ombro a ombro com as do PSD até ais últimos votos contados em Lisboa e no Porto.
O terceiro dado principal é o grande apagão do Chega, partido de protesto, antissistema. Conseguiu 60 deputados em maio, e o líder Andre Ventura reivindica o estatuto de líder da oposição. Em maio o Chega ficou em primeiro lugar em 60 dos 308 municipios do país. Agora, em vez de 60, apenas três.
Chega tinha dominado nos 16 municípios do Algarve. Agora, na região, apenas conquista Albufeira, enquanto o PS ganha 11.
Em suma, o PSD de Montenegro é neste momento o partido mais forte em Portugal, governa o país, lidera o parlamento, comanda os principais municípios. O PS ressurge como alternativa, r o Chega continua histriónico na direita ultra, mas em apagão de relevância.
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