Dentro da COP em Belém: Austrália x Turquia na disputa pela COP31

Climate COP30

Pessoas fazem fila para entrar no Pavilhão da Austrália na COP de Belém. Source: AP / Fernando Llano/AP/AAPImage

Direto da COP30, em Belém, a jornalista Joyce Carvalho descreve um evento lotado de debates e com os pavilhões da Austrália e Turquia, colocados lado a lado, lotados de visitantes.


“A Zona Azul é onde tudo acontece, com plenárias, pavilhões nacionais e meeting rooms que destrincham ponto a ponto a agenda já aprovada, ” explica a jornalista Joyce Carvalho, que está cobrindo a COP 30 para a rádio CBN Curitiba.

Ao lado a Zona Verde, voltada à sociedade, com projetos, workshops e trocas entre academia, governo, empresas e comunidades.

Segundo Joyce, o fluxo é intenso nos dois espaços e o sentimento dominante na Conferência é de otimismo e avanço.

“Para nós, leigos, pode parecer pouco, mas diplomatas consideram uma conquista. Sempre há divergências em outras COPs. Aqui o clima é mais de otimismo,” observa.

“Falou-se por muito tempo de mitigação. Agora, a palavra é ‘adaptação'. Chegamos a um ponto em que não dá para pensar apenas em reduzir. É preciso se adaptar ao que já está acontecendo — no Brasil, no mundo e também na Austrália.”
Joyce Carvalho
Joyce Carvalho direto de Belém do Pará: "COP30 quer sair do papel e abrir caminho para ação".

Austrália x Turquia na disputa pela COP31

Em Belém, a presença australiana “se faz notar”.

O visual combina um pavilhão que usa madeira, as cores da bandeira australiana, verde e amarelo-ouro, com um grande painel de arte Aborígene.

E ao lado do pavilhão australiano, fica o pavilhão da 'rival' - o país que também busca sediar a COP 31 em 2026 - Turquia.

“São espaços modernos, bonitos, com agendas próprias. Na Austrália há oferta de vinho; na Turquia, café turco e até caligrafia com o nome do visitante.

“Há uma competição de delícias, mas também de ideias e de protagonismo,” analisa.

Questionada sobre a cobertura jornalística da COP 30, Joyce conta que esta se organiza em três frentes.

A primeira é política: “Falou-se em COP esvaziada pela ausência de líderes [Donald Trump, dos Estados Unidos e Xi Jinping, da China], mas o que vejo é muita delegação e muitos observadores de todos os países”.

A segunda, infraestrutural: “Houve críticas a preços de hospedagem e alimentação, a transporte e sinalização. O governador do Pará também rebateu críticas de uma estrada construída na Amazônia, dizendo que a rodovia era necessária com ou sem COP”.

A terceira frente da cobertura jornalística, mira o essencial: “As negociações e os projetos concretos apresentados por governos, institutos, universidades e empresas. A agenda é ampla e deve ganhar tração ao longo da semana, quando as conversas entram na fase mais decisiva.

Belém vira personagem

“É uma cidade no meio da Amazônia. A sede da Embrapa fica no centro e tem uma área gigantesca de mata preservada. É uma riqueza que salta aos olhos,” diz Joyce.

A promoção da COP, espalhada por espaços históricos ajuda a conectar quem chega à beleza amazônica e à culinária local, tema que “todo mundo comenta”.

“O mundo já não discute só metas futuras. A pauta é fazer agora — implementar políticas e adaptar territórios e pessoas a um clima que já mudou,” diz.
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