Apesar de sem farto currículo académico, a antropóloga e etóloga Jane Goodall soube dar-nos conhecimento sobre a vida natural, soube emocionar-nos com o que a emocionava na natureza. Nos documentários que preparou para a National Geographic, demonstrou como estamos próximos, nós e os chimpanzés.
A vida dela apagou-se agora – morte natural e quase se de dizer que passou os 91 anos de vida a estudar a vida animal.
Tinha 5 anos quando fechou-se num galinheiro da quinta da familia a tentar peceber o processo de reprodução das galinhas. Recusou-se a comer ovos porque lá de dentro saia, e voava, a vida.
Tinha 22 anos quando convenceu a mãe a irem viver em uma floresta da Tanzânia. Esta mulher que nos aparecia em conferencias e exposições com a figura que parecia a de uma ativista de um exercito de salvação, com simplicidade desarmante mas poderosa, fez de facto avançar o conhecimento sobre os nossos primos primatas – em especial, os chimpanzés
Ela adotou uma abordagem pouco ortodoxa, mergulhou completamente no habitat dos chimpanzés, viveu o mundo complexo deles mais como membro do que como observadora.
Juntou as duas formas de estar. Demonstrou através da experiência vivida que a personalidade não é exclusiva dos humanos. Os chimpanzés têm mentes complexas, emoções e laços emocionais duradouros. E como eles, tantos outros animais.
Jane Goodall estimulou-nos para o prazer de descobrir e ampliar conhecimento – e de saber amar a natureza.
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