Este caso remonta a fevereiro deste ano, quando os empregados de limpeza da casa onde Luís vivia encontraram um dispositivo no chão da casa de banho. Viriam a descobrir tratar-se de uma câmara oculta com um cartão de memória. O conteúdo chocante incluía gravações dos próprios empregados a limpar, bem como imagens de uma mulher a tomar banho.
O material foi entregue ao senhorio da casa, que o encaminhou à polícia. As investigações revelaram dezenas de vídeos em alta definição de, pelo menos, três mulheres nuas. As imagens foram captadas enquanto as mulheres tomavam banho ou usavam a casa-de-banho, sem conhecimento de que estavam a ser filmadas.
Luis Cancino Mena foi condenado a nove meses de pena comunitária em regime de liberdade condicional, sob vigilância rigorosa. O juiz Michael Barko aplicou ainda uma ordem de restrição válida por dois anos, que proíbe qualquer contacto com as vítimas ou o regresso à casa onde o crime foi cometido.
Cancino Mena está na Austrália com um visto temporário (bridging visa). Apesar da gravidade dos crimes cometidos, Luis continua legalmente autorizado a permanecer no país, bem como a trabalhar. A situação surpreendeu o juiz, que afirmou que os cidadãos australianos “não o querem no país”.
Embora Luis Cancino Mena tenha manifestado à polícia a intenção de regressar ao Chile, ainda não é claro se irá, ou não, deixar a Austrália.
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